A Comissão de Viação e Transportes aprovou, 
              por unanimidade, o Projeto de Lei 1037/03, do Deputado Ricardo Izar 
              (PTB-SP), que acrescenta artigo ao Código de Trânsito 
              Brasileiro determinando que o exame de direção para 
              portadores de deficiência física seja considerado prova 
              especializada. As Informações são da Agência 
              Câmara.  
            Pela proposta, o 
              exame será julgado por uma comissão especial, que 
              contará com um médico, além dos dois examinadores 
              de trânsito. Também fica definido que será feito 
              em um veículo adaptado segundo a indicação 
              contida no laudo médico emitido pela comissão. 
            O Código de 
              Trânsito não prevê, atualmente, normas específicas 
              para aplicação de exames dessa natureza. A regulamentação 
              foi feita por resolução do Conselho Nacional de Trânsito 
              (CONTRAN), mas Izar argumenta que os dispositivos não têm 
              status legal, podendo ser alterados ou revogados a qualquer momento, 
              o que deixa as pessoas portadoras de deficiência física 
              inseguras em relação aos seus direitos. 
            Para o relator da 
              matéria, deputado Lael Varella (PFL-MG), o projeto preenche 
              uma importante lacuna. Segundo ele, o fato de os portadores de deficiência 
              submeterem-se a uma prova específica vai permitir que essas 
              pessoas sejam mais bem avaliadas, com resultados positivos para 
              seu comportamento futuro no trânsito. 
            O autor do projeto, 
              Ricardo Izar, lembra que a habilitação para dirigir 
              veículos é um importante instrumento para a inserção 
              social das pessoas portadoras de deficiência física, 
              na medida em que vai proporcionar a essas pessoas condições 
              de estudar e trabalhar. Afinal, argumenta ele, um dos aspectos mais 
              importantes para a inserção social das pessoas portadoras 
              de deficiência física é a garantia de sua mobilidade. 
            O projeto tramita 
              em caráter conclusivo e ainda será analisado pela 
              Comissão de Constituição e Justiça e 
              de Cidadania.  |