O SOS Estradas, programa que visa aumentar a segurança nas 
              estradas brasileiras, enviou proposta ao Departamento Nacional de 
              Trânsito (DENATRAN) e ao Conselho Nacional de Trânsito 
              (CONTRAN) sugerindo que passageiros de ônibus sejam multados 
              nas viagens rodoviárias caso não usem o cinto de segurança. 
            No Brasil acorrem, apenas nas estradas, 
              17.000 acidentes com ônibus e microônibus por ano, segundo 
              estimativa do SOS Estradas, provocando a morte de pelo menos 2.400 
              pessoas e 15.000 feridos.  
            Pela legislação em 
              vigor, a responsabilidade de fazer os ocupantes utilizarem o cinto 
              é do condutor. No caso de transportes públicos, em 
              que o uso do cinto é obrigatório, como táxis, 
              vans, ônibus e microônibus rodoviários, fabricados 
              a partir de 1999, a sugestão do SOS Estradas é que, 
              flagrada a irregularidade, o passageiro seja multado. 
            A decisão de apresentar a 
              sugestão ocorreu depois do acidente envolvendo um microônibus 
              com 10 jornalistas, na semana passada em Minas Gerais. O grupo havia 
              viajado a convite da FIAT para participar de um evento que lançou 
              um novo modelo de carro. Um deles morreu e sete ficaram feridos. 
              Dois jornalistas que estavam com cinto de segurança nada 
              sofreram. 
            Para o coordenador do SOS Estradas, 
              Rodolfo Alberto Rizzotto, não se pode transferir a responsabilidade 
              apenas para o motorista. Em termos práticos, não há 
              como um motorista de ônibus fiscalizar, durante toda viagem, 
              se todos os motoristas usam cinto ou não. "Por isso 
              defendemos que os passageiros sejam multados", explica Rodolfo. 
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